quarta-feira, 28 de agosto de 2013

JONGO TRIO - 1972

A diversidade da música brasileira sempre me impressiona. As minhas visitas pelas lojas de livros e discos usados tem sido muito instrutivo. Tenho descoberto material muito interessante, tanto no que se refere a livros, quanto a discos.

Recentemente, foi o caso de um disco, cuja capa me atraiu, principalmente pelo seu colorido. O grupo musical era totalmente desconhecido para mim. Tratava-se do grupo Jongo Trio.

Ao pesquisar na internet, por coincidência, constatei que essa experiência tinha acontecido também com a pessoa do blog. Aproveitando as suas informações, o Jongo Trio foi um grupo vocal e instrumental, formado em São Paulo, no ano de 1965, pelo pianista Cido Bianchi, que tocava na Boate Stardust, o contrabaixista Sabá (que liderava um trio na Boate Baiúca) e o baterista Toninho (que acompanhava o pianista Pedrinho Mattar). Foi um dos grupos mais importantes na fase de transição da MPB, entre a bossa nova e os festivais. Tinham grande influência de Jazz, com performances com qualidade e habilidade, lembrando o instrumental do Zimbo Trio e o vocal dos Os Cariocas.

O grupo fez o circuito da Bossa Nova, nos Teatro de Arena, Teatro da Paramount, Boate Cave e o programa de TV, O Fino da Bossa. Em 1965, o trio foi convidado para gravar um álbum em Long Playing – LP, pelo selo gaúcho Farroupilha.

Também acompanhou o violinista Baden Powell, que lhes presenteou com o sucesso Feitinha pro poeta, parceria com Lula Freire e acabou sendo convidado para acompanhar Elis Regina e Jair Rodrigues, no show Dois na Bossa, que virou disco de muito sucesso na época.

Ainda em 1965, saiu o álbum “Jongo Trio”, que além da canção Feitinha pro poeta, contemplava outras músicas que virariam sucesso, tais como, O Menino das laranjas (Théo de Barros), Terra de ninguém (Marcos e Paulo Sérgio Valle), Seu Chopin, desculpe (Johnny Alf) e Arrastão (Edu Lobo e Vinícius de Moraes).

No ano seguinte, os integrantes do Trio Jongo partiram para outros projetos. Já com outra formação, Toninho (bateria), Claiber (baixo) e Paulo Roberto (piano), mudou o nome para Jongo Trio e Companhia e ainda gravaria mais dois álbuns, em 1970 e 1972.

O disco de estréia foi item de colecionador, sendo uma raridade, Em 1998, foi reeditado em formato Compact Disc – CD, pelo selo (label) Mix House, porém com pouca tiragem. Nessa reedição foi incluído como faixa bônus, um medley Dorival Caymmi, com as músicas João Valentão, O mar, A jangada voltou só e Canoeiro.

Nesta postagem, compartilhamos com vocês o álbum lançado em 1972, pela gravadora SOM, com o selo (label) Copacabana. Em minha opinião, o destaque é a música Alô fevereiro, composta por Sidney Miller. As músicas que compõem o disco são as seguintes:

1. Quem vem lá;
2. Cavaleiro de aruanda;
3. Duas contas;
4. O vapor de cachoeira;
5. Encabulada;
6. Águas de março;
7. Cheirando fumaça;
8. Morena boca de ouro;
9. Alô fevereiro;
10. Sandália de prata;
11. Bate barriga;
12. Feitinha pro poeta.













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3 comentários:

  1. Olá! Nesta postagem, faltam as faixas 10. Sandália de prata e
    11. Bate barriga;

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    1. E ainda a do Baden Powell e Vinicius de Moraes, a espetacular: Feitinha pro poeta, aonde foi parar?

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  2. Jongo Trio: eu procuro este LP e é mais difícil que encontrar no chão uma nota de mil doláres, mas agora acho que posso gravá-lo num Pen Drive, obrigado a todos, estou feliscíssimo!

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