sábado, 21 de junho de 2014

O PANTANAL - TRILHA SONORA NACIONAL DA NOVELA - 1990

Pantanal foi uma telenovela brasileira produzida pela extinta Rede Manchete e exibida originalmente às 21h30min, de 27 de março a 10 de dezembro de 1990, em 216 capítulos. Foi escrita por Benedito Ruy Barbosa e dirigida por Jayme Monjardim, Carlos Magalhães, Marcelo de Barreto e Roberto Naar.

A trama apresentou Claudio Marzo, Jussara Freire, Antonio Petrin, Cristiana Oliveira, Marcos Winter, Luciene Adami, Marcos Palmeira, Paulo Gorgulho, Sérgio Reis, Almir Sater e Angelo Antonio nos papeis principais.

A novela conta a história de José Leôncio, um peão de comitiva que chegou com o Pai Joventino ao Pantanal, onde compraram uma fazenda e começaram a criar gado de corte. José Leôncio e seu pai caçavam Marruás um tipo de boi selvagem que vivia solto pelas matas da região aumentando assim seu rebanho na fazenda. 
Certo dia Zé Leôncio viajou com os peões em comitiva e pediu para que seu pai não fosse caçar Marruá sozinho, entretanto o velho Joventino acabou indo caçar e desapareceu na imensidão do Pantanal. Zé Leôncio voltou de viagem e procurou pelo pai sem sucesso.

Nesse dia ele prometeu que ia trazer um Marruá no laço todos os dias só para ter a esperança de encontrar o pai. Passado algum tempo, Zé Leôncio se tornou um fazendeiro rico e foi para o Rio de Janeiro cobrar uma dívida, onde conheceu e se apaixonou por uma jovem fútil e mimada, de nome Madeleine. 

A família de Madeleine era da alta classe carioca, porém seu pai era viciado em jogo, acabando aos poucos com o status da família e os deixando perto da falência. Antero, pai de Madeleine, aceita que José Leôncio se case com sua filha, recebendo dele um bom dinheiro para tentar resgatar o status da família. 
Ele a leva para o Pantanal e a engravida. Mulher da cidade grande, Madeleine não se adapta ao mundo rural, à rude vida pantaneira e à rotina de peão do marido. Durante uma das viagens de Zé Leôncio em comitiva, levando gado para a venda, ela foge com o amigo Gustavo que vai buscá-la no pantanal e o filho de poucos dias, para a cidade do Rio de Janeiro.

Amargurado, Zé Leôncio tenta em vão recuperar o menino, que acabara de nascer, mas acaba concordando em deixá-lo com a mãe na cidade grande. Passa a viver então com Filó, sua empregada, que já tinha um filho, Tadeu. 

Ele reconhece Tadeu como seu afilhado considerando ele seu filho. Vinte anos depois, o filho legítimo, Jove (Joventino), finalmente decide ir conhecer o pai. Mas o choque cultural é grande e os dois têm sérias dificuldades para se entender.

Sentindo-se rejeitado pelo pai, que acha que o filho é afeminado, e ridicularizado pelos peões por causa de seu jeito de moço da cidade, Joventino decide retornar ao Rio, mas leva consigo Juma Marruá, moça criada como selvagem pela mãe até a morte desta, assassinada por encomenda numa trama paralela de vingança entre posseiros de terras e vítimas de grilagem. 
Tal como a mãe, comenta-se no Pantanal que Juma se transforma em onça pintada. Passado um tempo no Rio, onde o choque cultural é agora sofrido por Juma, Joventino retorna ao Pantanal para não ter que se separar de sua "onça" amada. Desta vez, ele está disposto a se adaptar ao estilo de vida local. Jove começa a se acertar com o pai e com Juma e vai se transformando num autêntico peão pantaneiro, surpreendendo a todos continuamente.

A história tem ainda um lado sobrenatural, baseado no fascinante folclore da região Pantaneira: os principais personagens, com exceção de José Leôncio, frequentemente se deparam com uma figura conhecida como "O Velho do Rio", um curandeiro idoso que cuida das pessoas atacadas pela Jararaca Boca-de-Sapo, uma cobra venenosa, ou que simplesmente se perdem na extensão do Pantanal. 
Todos comentam que o Velho do Rio é o Pai de todas as sucuris, que ele se transforma em sucuri também sendo ele a maior de todas. O povo acredita que O Velho do Rio se trate do pai de José Leôncio, o desaparecido peão Joventino, de quem o neto Jove herdou o nome. Além do Velho do Rio e da história de Juma Marruá como onça pintada, uma terceira trama sobrenatural enriquece a novela: a figura do misterioso peão Trindade, que teria um pacto com o diabo, ou seria ele próprio a encarnação do diabo.

No decorrer da trama, José Leôncio descobre a existência de um terceiro filho seu, na verdade o primeiro dos três: José Lucas de Nada, fruto do primeiro relacionamento sexual dele com a prostituta Generosa, em um prostíbulo de Goiás para o qual fora levado pelo pai ao completar quinze anos de idade a fim de "mostrar que era macho". O sobrenome de José Lucas era De Nada, pois o mesmo não tinha pai para lhe dar um sobrenome, assim que Zé Leôncio o reconheceu como filho ele passou a ser chamar José Lucas Leôncio.

A saga da família Leôncio inclui, finalmente, o complicado relacionamento com o fazendeiro vizinho, Tenório, cujo passado como grileiro de terras o liga às tragédias familiares de Juma e seus pais, bem como de outros peões e agregados tanto da fazenda de José Leôncio como do próprio Tenório. 
O mau-caratismo deste e sua inclinação a vinganças covardes colocará em risco em diversas circunstâncias a família de José Leôncio. Por sua vez, Tenório também estará na mira de forasteiros que vieram de longe em busca de vingança contra o homem que destruiu a vida e os bens de seus pais.

A curiosidade é que durante anos, a novela ficou engavetada na Central Globo de Produções, à espera de uma decisão se seria produzida ou não. Em 1990, a Manchete contrata seu escritor, Benedito Ruy Barbosa, que finalmente realiza seu sonho, obtendo estrondoso sucesso e superando a até então imbatível Rede Globo. 
Além disso, a Manchete contrata também uma grande leva de atores globais, como Cláudio Marzo, Cássia Kiss, entre outros e mistura com revelações da teledramaturgia brasileira, como Cristiana Oliveira e Marcos Winter.

Depois de provar que suas histórias também mobilizavam a audiência no horário nobre, o autor Benedito Ruy Barbosa, que na TV Globo só recebia o horário das 18h, retornou a casa em 1993 para escrever, finalmente, uma novela das oito global: Renascer, outro grande sucesso.

Uma das atrizes do elenco não queria atuar na novela. Carolina Ferraz só foi atuar na novela após ser ameaçada de demissão pela emissora. Como em todas as novelas o roteiro sempre muda no meio da exibição, Ítala Nandi havia pedido ao autor uma licença para atuar em um filme, e ele resolveu matar a sua personagem, Madeleine. Já Almir Sater saiu para protagonizar a novela Ana Raio e Zé Trovão. 
A atriz Adriana Esteves esteve cotada pra fazer a personagem Juma, assim como também a atriz Debora Bloch

A novela foi exibida originalmente no Brasil pela extinta Rede Manchete entre 27 de março e 10 de dezembro de 1990 às 21h30. A novela Pantanal foi reapresentada em duas ocasiões: às 19h30, de 17 de junho de 1991 a 18 de janeiro de 1992, e às 21h30 na íntegra, de 26 de outubro de 1998 a 14 de julho de 1999. 
Esta segunda reprise tem uma particularidade interessante: entrou no ar em substituição à novela Brida, que acabou com os recursos da emissora. A Rede Manchete seria vendida pouco depois dessa reestréia de Pantanal, tendo essa reprise concluída pela RedeTV!.

A exemplo do que já havia sido feito com Xica da Silva, o SBT comprou as fitas da novela arrematadas no leilão da massa falida da Manchete e passou a reapresentar Pantanal às 22h desde o dia 9 de junho de 2008 à 13 de janeiro de 2009. 
A Rede Globo contestou a reprise, pois detinha os direitos do texto, adquiridos do autor Benedito Ruy Barbosa.

O SBT não anunciou a novela com antecedência. A emissora só anunciou como sendo sua "Arma Secreta". Também foram exibidas enquetes sobre as novelas preferidas pelo público e, curiosamente, na edição, Pantanal era a preferida do público. 
A emissora de Silvio Santos só começava a exibir a novela Pantanal quando a então novela das oito da Rede Globo A Favorita, acabava. A emissora paulista chegou a exibir chamadas apelando para o público dizendo: "Quando acabar a novela da Globo, A Favorita, troque de canal e veja a novela Pantanal.

O SBT exibiu a trama de segunda a sábado, na faixa das dez da noite. Nesta reexibição foi apresentada na íntegra, ou seja, o SBT conseguiu apresentar a telenovela Pantanal completa em 187 capítulos, uma vez que, no seu início, o SBT apresentava três capítulos completos em um, apresentando a novela em full time. 
Também foi criada uma nova abertura, e nesta quem aparecia nua era a modelo Glenda Santos. A apresentadora Nani Venâncio, na época modelo, aparece nua se metamorfoseando em onça na abertura da novela.

Alguns atores da novela já faleceram. São eles: João Alberto Carvalho Pinheiro, Rômulo Arantes, Luiz Armando Queiroz, Flora Geny, Rubens Correa, Alexandre Lippiani, Xandó Batista,Jofre Soares, Buza Ferraz e o diretor Marcelo de Barreto.

Fonte: Wikipedia, 2014

A novela teve três trilhas sonoras, sendo: volumes 1 e 2 (pela TV Manchete), O melhor do Pantanal (reexibição SBT) e o instrumental Pantanal Suite Sinfônica, com músicas compostas e regidas por Marcus Viana.

Nesta postagem, apresentamos o excelente volume 1, lançado em 1990, pela Bloch Discos. Os destaques ficam por conta da seleção musical e das canções No mundo dos sonhos (Pepperland), interpretado por Robertinho de Recife, uma composição de George Martin, produtor dos Beatles e Amor Selvagem, composição e interpretação de Marcus Viana. 

A seleção do álbum é composta pelas seguintes canções:

01. No mundo dos sonhos – Pepperland (Robertinho de Recife);
02. Quem saberá perder (Ivan Lins);
03. Apaixonada (Simone);
04. Divinamente nua, a lua (Orlando Morais);
05. Amor selvagem (Marcus Viana);
06. Estrela natureza (Sá e Guarabira);
07. Pantanal (Sagrado Coração da Terra);
08. Memória da pele (João Bosco);
09. Castigo (Leo Gandelman);
10. Um violeiro toca (Almir Sater);
11. Triste berrante (Solange Maria e Adauto Santos);
12. Comitiva esperança (Sérgio Reis).



























sexta-feira, 20 de junho de 2014

BLUE STAR AND HIS ROMANTIC ORCHESTRA - NO CINEMA - 1970 / 1971

Nesta postagem, compartilho um álbum orquestral que gosto muito, porém, eu não tenho nenhuma informação a respeito dessa. Acredito que foi mais uma daquelas orquestras de estúdio, que utilizava pseudônimos estrangeiros, com fins exclusivamente comerciais. É uma pena não sabermos quem era o regente e arranjador dessa orquestra. 

Estou me referindo ao álbum "Blue Star And His Romantic Orchestra - No Cinema", lançado no Brasil em 1970 (conforme informação no selo) ou 1971 (conforme consta na sobrecapa), pela gravadora CBS, com o selo (label) Tropicana. 

As músicas que compõem essa raridade são as seguintes:

1. Stormy weather / Adios;
2. Cocktails for two / As time goes by;
3. La mer / C'est si bon;
4. Stardust / Sleepy lagoon;
5. Autumn leaves / Tonight;
6. Moon river / Tea for two;
7. I'm gettin' sentimental over you/ Tender is the night;
8. Moonlight serenade / Blue moon;
9. Manhattan / to love again;
10. Pic nic / Stella by starlight;
11. There will never be another you / At last;
12. Sunrise serenade / greenfields.















CRIS MCCLAYTON - SELVA DE CONCRETO - COMPACTO 1974

Em novembro de 2011 homenageamos o cantor curitibano Pedro Luis Schaemberg, que artisticamente foi conhecido como Cristiano e em seguida como Cris McClayton e também com os pseudônimos Bill Diamond e Gene Edwards.

Em uma das minhas garimpagens encontrei um compacto simples lançado em 1974, pela gravadora RCA, com o nome artístico Cris McClayton, que acredito foi o nome que lhe proporcionou maior sucesso na década de 1970. Nesse disco constam duas canções Selva de Concreto e Rock nas Quebradas.

Apesar do estado lamentável do disco, mesmo assim, procurei recuperar o que deu, pois pela raridade do disco e pelo resgate da obra, acredito que valeu a pena. Veja mais informações nas Postagens Anteriores.

Lado A:
1. Selva de Concreto;

Lado B:
2. Rock nas Quebradas.














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quinta-feira, 19 de junho de 2014

ED EVANKO - LET HER GO - 1969

Atualmente, nas listas de grandes vendagens de discos constam padres que viraram cantores, tais como Padre Marcelo Rossi, Fábio de Melo, Antonio Maria, Juarez de Castro, Zeca, Ewaldo Trevisan, Léo, Jonas, entre outros. Isso tem sido uma constante nos dias atuais.

Pessoalmente, não me interesso pelos seus trabalhos, no entanto, acredito que cada um contribui com suas mensagens positivas aos seus milhares de fãs.

Mas não posso dizer que nunca me interessei. Um dia curti canções interpretadas pelo Padre Zezinho, quando participava de grupo de jovens na igreja da minha comunidade. Cantei muito a oração de São Francisco.

Mas o motivo desta postagem não é resgatar nenhum deles, mas sim escrever um pouco sobre um cantor e ator que fez o processo inverso. Virou padre católico ucraniano.
Estou me referindo a Edward Evanko, ou melhor, Ed Evanko, que nasceu em 19/outubro/1941, na cidade de Winnipeg, Manitoba.

Sua família era de emigrantes da Ucrânia Ocidental. Ele estudou no The Bristol Old Vic Theatre School e cantou em duas companhias de ópera, na década de 1970, o English Opera Group e Welsh National Opera

Como cantor e ator, ele realizou muitos shows e atuou na televisão em seriados, tais como, “Ryans Hope”, “Chicago Hope” e “Third Rock from the Sun”. Na Broadway atuou no “Cantebury Tales” e “Rex”. Foi nessa atuação da Broadway que ganhou o Prêmio “Theatre World Award”, o Prêmio “New Jersey Drama Critics Award” e o “Los Angeles Ovation Award Nomination”.

Em sua carreira de cantor, gravou vários álbuns, da Broadway para a Capitol Records, um álbum para a gravadora RCA, outro para a Decca Records e três álbuns para a Destiny Records. Também participou de vários festivais de ucranianos no Canadá e Estados Unidos e sempre procurou promovera musica ucraniana.


Por ocasião de seus estudos na Universidade de Manitoba, já atuava em produções locais, como “Julius Caesar”, entre outras produções, aparecendo na “Rainbow Stage” e na “CBC Television and Radio”.

Posteriormente, buscou a formação acadêmica e religiosa no Pontifício Colégio Beda, em Roma, no Seminário St. Josaphat,  naUniversidade Católica de Washington, no Holy Spirit Seminary e no St. Paul University, em Otawa, no Canadá.

Ele completou o grau de Masters of Arts in Theology, na primavera de 2005 e começou a servir na Archeparchy of Winnipeg, Canadá. Ele entrou na prática do sacerdócio na casa dos sessenta anos e hoje atua como sacerdote, viajando pela região rural de Manitoba.

Nossa postagem, resgata um compacto simples, lançado no Brasil em 1969, pela gravadora Chantecler, com o selo (label) MCA Records, contendo o seu principal sucesso da carreira, a canção Let her go e a sua própria versão da música tema do filme Aeroporto, The Winds of chance – Airport Love Theme.

Lado A:
1.       Let her go

Lado B:
2.      Airport love theme (The winds of chance)























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terça-feira, 17 de junho de 2014

ORQUESTRA ROMÂNTICOS DE CUBA - FANTÁSTICO - 1978

A Orquestra Românticos de Cuba é mais uma das que constam em nossa lista de resgate total (Veja nossas Postagens Anteriores dessa orquestra).

Desta vez, apresentamos o álbum intitulado "Fantástico", lançado em 1978, pela gravadora Musidisc, com distribuição pela Tapecar Gravações. Em minha opinião, os destaques desse disco são os arranjos das músicas Also Sprach Zarathustra e Love's theme

Outra observação que faço é quanto ao regente. A totalidade dos discos da Orquestra Românticos de Cuba era regida por Severino Araújo, o mesmo da Orquestra Tabajara. Mas este que apresentamos, eu não vejo semelhança e acredito que tenha sido outro regente. Infelizmente essa informação não constava na capa dos discos. Entretanto, a produção continua sendo de Nilo Sérgio, mentor da Musidisc.

As músicas que compõem esse trabalho são as seguintes:

1. Also Sprach Zarathustra (2001);
2. Anema e cuore;
3. Cercavo una donna;
4. Tua;
5. Non dimenticar;
6. Accarezzame;
7. Nostalgia de Roma;
8. Love's theme;
9. Acercate mas;
10. Tu me acostumbraste;
11. Begin the beguine;
12. Tres palabras;
13. Solamente una vez;
14. Angustia. 

















segunda-feira, 16 de junho de 2014

PIERO - MI VIEJO - COMPACTO - 1970

Nesta postagem, resgato um cantor que lembra a minha infância. Toda vez que passava férias na casa de meus padrinhos, costumava visitar um vizinho deles, que sempre que podia ouvia um disquinho com as músicas Mi Viejo e Juan Boliche, do cantor Piero. Posteriormente, conheci outra bela versão de Mi Viejo (Meu Velho), na voz de Altemar Dutra.

Para aqueles que não o conhece, Piero Antonio Franco De Benedictis, mais conhecido simplesmente como Piero, nasceu na cidade de Gallipoli, Itália, no dia 19 de abril de 1945. ), porém se notabilizou como cantor argentino.

Piero, chegou à Argentina em 1948, aos 3 anos de idade. Sua família se estabeleceu na aldeia de Banfield, no sul da Grande Buenos Aires, até 1951, quando sua família se mudou para Allen (província de Rio Preto), onde cursou primário e começou na música. Durante sua juventude, ele foi seminarista católico.

Ele estreou na televisão em 1964, cantando canções melódicas italianos como Alla Cara, cara nonna e Giovane, giovane. Em 1965, lançou o álbum com as músicas El cachivache, e Rosa, Rosita, do cantor brasileiro Roberto Carlos, e em 1966, a canção La sombrilla.

Em 1969, ele ganhou o III Festival da Canção, de Buenos Aires, com o tema Como somos.  Sua consagração veio com a linda canção Mi Viejo, iniciando uma permanente co-autoria com o poeta José Tcherkaski.

A partir desse momento, são músicas como No te vayas por favor, Tengo la piel cansada de la tarde, Si vos te vas, Juan Boliche, Pedro Nadie, Caminando por Caracas, Canción a Magdalena e Yo vengo, que gradualmente o faz mudar o estilo de sua produção artística, o consagradando como uma das principais figuras da canção de protesto político.

Em 1976, foi forçado ao exílio, devido à ditadura militar na Argentina. Primeiro viveu na Itália e depois na Espanha, onde permaneceu até año1981 quando ele decidiu retornar à Argentina. Em meados dos anos oitenta deixou a música de protesto, fundando uma fazenda orgânica perto de Campana (província de Buenos Aires), juntamente com os adolescentes de famílias pobres.

Apontando para um público muito mais jovem e roqueiro do que nas fases anteriores, Piero conseguiu ter uma grande temporada em 1982, lotando duas vezes Estádio Works (uma das cenas clássicas do rock na Argentina), participou do festival BA Rock e realizou sete shows, com públicos diversos no Teatro Opera, em Buenos Aires. Entretanto, foi o grande ausente no Festival Latino-americana de Solidariedade, organizado por ocasião da Guerra das Malvinas.

Em 1985, acompanhado por José Tcherkaski, realizou uma turnê pela América Latina, que atingiu o seu máximo sucesso na Colômbia e no Equador, onde 80 mil pessoas se reuniram para ouví-lo. Naquele mesmo ano, ele obteve um Konex - Diploma de Mérito como um cantor de baladas.
Durante essa turnê, ele participou de um concerto em benefício das vítimas da tragédia de Armero (na Colômbia), que causou 30.000 mortes. Lá, ele cantou Julio Iglesias, Joan Manuel Serrat e José Luis Rodríguez El Puma. Essa turnê foi estendida até o interior do país e confirmou sua popularidade, com a participação de 70.000 espectadores. No entanto, o álbum do show não obteve o mesmo sucesso. Desde então, ele fez shows esporádicos, tanto na Argentina e no resto da América Latina, mas sem o apelo massivo do passado.

Em 1995, ele empreendeu a publicação de um álbum duplo dedicado aos direitos das crianças. Participou junto com artistas internacionais, tais como David Gilmour (Pink Floyd), Annie Lennox e Joaquín Sabina, e nacional, como León Gieco, Jairo, Baglietto, Miguel Cantilo e ídolo do futebol Diego Maradona. O projeto foi declarado de interesse nacional e royalties foram doados à UNICEF.

Durante grande parte da década de noventa, viveu na Colômbia, chegando a receber a cidadania desse país, das mãos do então presidente Ernesto Samper. Com isso, ele teve três cidadanias: italiana, argentina e Colombiana.

Em 1998, o governador Eduardo Duhalde nomeou-o Secretário de Cultura da Província de Buenos Aires. Em 2001, ele publicou um novo trabalho, incluindo alguns clássicos antigos e 6 faixas inéditas: 30 anos de canções.
Em fevereiro de 2011, ele gravou o hino do Banfield, no trabalho “Futebol para Todos”, comemorativo Clausura Futebol Argentino. Nesse mesmo ano, realizou alguns shows em homenagem ao compositor, cantor e escritor Facundo Cabral, que participou em uma das apresentações.

Em 2012, um tribunal federal na cidade de La Plata (capital da província de Buenos Aires) ordenou a prisão do cantor Piero por não ter aparecido ao depoimento de um caso, que o envolvia por por um suposto fraude do governo argentino, quando serviu como secretário de Cultura da Província de Buenos Aires. No entanto, o caso foi arquivo por prescrição.

Para homenagear esse compositor e cantor, que lançou mais de 18 álbuns, desde 1969, resgato o famoso compacto simples, que eu tanto ouvia na minha infância. Foi lançado no Brasil em 1970, pela gravadora CBS, com o acompanhamento de Jorge Lopez Ruiz e sua Orquestra, contendo as seguintes canções:

Lado A:
1.       Mi Viejo

Lado B:
2.      Juan Boliche





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sexta-feira, 13 de junho de 2014

RAY CONNIFF - PLAYS MANUEL ALEJANDRO - 1989

O álbum desta postagem, confesso que eu desconhecia a sua existência na extensa discografia do maestro Ray Conniff. Estou me referindo ao álbum, intitulado "Ray Conniff Plays Manuel Alejandro". 

Da mesma forma, esse meu desconhecimento vale para o homenageado no tributo, o músico e compositor espanhol Manuel  Alejandro. Se eu disser que não conhecia nada, estarei mentindo. Ao ouvir o disco lembrei que eu já conhecia as canções Soy Rebelde, interpretada por Jeanette e no Brasil pela cantora da Jovem Guarda, Lilian e as canções Manuela e Voy a perder la cabeza por tu amor, interpretadas, pelo também espanhol, Julio Iglesias.

Ao comparar essas canções populares, relidas com arranjo orquestral de Ray Conniff, foi possível consolidar a opinião de como ficaram ótimas nesses arranjos e como o talento de Ray Conniff prevalece. Confiram...(vejam também as Postagens Anteriores de Ray Conniff).

Este álbum tributo foi lançado no Brasil em 1989, pela gravadora CBS, atual Sony Music, com as seguintes músicas:

1. You soy aquel;
2. Cisne cuello negro, cisne cuello blanco;
3. Soy rebelde;
4. Detenedla ya;
5. Los amantes;
6. Te estoy queriendo tanto;
7. Señora;
8. Lo mejor de tu vida;
9. Cuando tu no estas
10. Hablame del mar marinero;
11. Como yo te amo;
12. Manuela;
13. Que no se rompa la noche;
14. Paloma brava;
15. Dueño de nada;
16. Voy a perder la cabeza por tu amor.


















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quarta-feira, 11 de junho de 2014

NOSSO AMOR - VOLUME 2 - VÁRIOS AUTORES (2001)

Ainda homenageando os dias dos namorados, segue mais um disco de compilação, lançado em 2001, pela gravadora EMI Music, denominado "Nosso Amor - Volume 2". 

O disco traz algumas coisas interessantes na sua seleção, como por exemplo o grupo "Os Condors", que interpreta muito bem a canção If, composição de David Gates, da banda Bread, não ficando a dever para ninguém. 

Também há a participação do grupo "Os Skaters", que não conheço. Alguém conhece?
Da mesma forma, há os cantores Andy Grawn, Malcolm Dodds, Black Best, Benny and Jennie, Wolfman Jack. 

Por outro lado, também há figuras conhecidas tais como: Morris Albert, Terry Winter, Light Reflections, Dave Gordon, Lee Jackson, The Marvelous, The Jordans e Os Carbonos. 

Para completar, há a presença de duas orquestras de estúdio, sendo a Orquestra Milionários Del Rio e Night Strings Orchestra.

A seleção desta compilação postada é composta das seguintes canções:

01. I love you (Morris Albert);
02. I'd rather hurt myself (Andy Grawn);
03. Lovin' you / Forever / Mandy (Os Skaters);
04. L'Amour est bleu (The Jordans);
05. If (Os Condors);
06. Ben (The Marvelous);
07. Everybody's talkin (Malcolm Dodds);
08. Take my heart / One day in your life / More than you know (Os Skaters);
09. Amore scusami (Orquestra Milionários Del Rio);
10. Je t'aime moi non plus (Night String Orchestra);
11. You make me feel brand new (Black Best);
12. Stop, look, listen (Benny and Jennie);
13. What a wonderfull world (Os Carbonos);
14. I'm falling in love with you (Wolfman Jack);
15. That love (Light Reflections);
16. You'll notice me (Terry Winter);
17. Mona Lisa (Dave Gordon);
18. Hey girl (Lee Jackson).















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NOSSO AMOR - VOL 2 VA


EMI MUSIC - BRASIL 2001


RONNIE ALDRICH - THE LONDON FESTIVAL ORCHESTRA - TODAY - TWO PIANOS - 1968

Considero o piano como um instrumento completo e sempre me dá satisfação ouvi-lo. Isso ocorre principalmente quando ouço o pianista Ronnie Aldrich e seus dois pianos.

Acabei de ouvir o álbum "Today", lançado no Brasil em 1968, pela gravadora Polygram, com o selo (label) London, tendo o acompanhamento da  The London Festival Orchestra. Quem mais gravava discos no Brasil com esse selo era a gravadora EMI/Odeon.

O destaque desse disco é justamente a sua seleção que conta com belas e clássicas canções. Tenho várias preferidas, mas ressalto as músicas A whiter shade of pale, A man and a woman, Alfie e This my song. E quais são as suas preferidas?

Além deste álbum, veja também o outro disco que postamos em nossa Postagem Anterior. A seleção do álbum "Today" é composto das seguintes músicas:

1. You only live twice;
2. A whiter shade of pale;
3. Georgy girl;
4. Somethin' stupid;
5. A man and a woman;
6. My cup runneth over;
7. Don't sleep in the subway;
8. Release me;
9. Barefoot in the park;
10. Alfie;
11. Music to watch girls by;
12. This is my song.



















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