Depois que já tinha pesquisado, organizado e montado a postagem, fui descobrir que o Chico postou esse mesmo álbum, no dia 28 de março de 2018, no blog SintoniaMusikal. Para não perder o que tinha realizado, estou repostando e quero ressaltar que não é o material do Blog SintoniaMusikal. Espero que o amigo Chico não fique chateado. Em todo caso incluí o link do blog dele.
Dudu França ou Eduardo França, nomes artísticos de José Eduardo França Pontes, é um músico, cantor e compositor
brasileiro. Ele nasceu e cresceu no bairro de
Pinheiros, São Paulo.
Tendo estudado engenharia,
arquitetura e publicidade, sempre conjugou os estudos tradicionais com o
aprendizado musical, tendo estudado piano, violão, flauta, bateria e
orquestração.
O músico Marcos Maynard, que foi
membro do grupo “Lee Jackson”, que fez sucesso nos anos 1970, em depoimento,
relembra a história dos grupos de Jovem Guarda "Colt 45" e
"Memphis", nos quais Dudu França participou como baterista e cantor:
Era o fim da década de 1960 e os
Beatles trouxeram em suas canções uma revolução cultural e de comportamento.
Interessados em montar um conjunto musical, Marcos Maynard e seu primo Can
(Antonio Carlos Macedo) convidaram Zeca (Zacarias José da Conceição) para
passar férias com eles em Itanhaém, no litoral Sul de São Paulo, onde combinaram
criar uma banda.
Da bossa nova em moda na época
migraram para o rock, momento em que Dudu França estava tocando bateria. “Fomos
então até a casa do Dudu, em Pinheiros (bairro da Zona Oeste de São Paulo) e
pela primeira vez vimos uma bateria. Era uma Gope amarela. Que coisa mais
linda! Aí o Dudu mostrou que era bom na bateria e no violão também. Foi
convidado e aceitou fazer parte da nossa banda. Eu era cantor e
guitarrista-base, o Dudu, baterista, o Can, guitarrista-solo e o Zeca era nosso
contrabaixista”, relembra Maynard.
A banda estava formada, mas as
condições técnicas do grupo eram precaríssimas. Havia um microfone muito ruim
amarrado a um cabo de vassoura, que era o pedestal.
Os primeiros amplificadores foram
comprados na loja Pirani, no bairro do Brás, em são Paulo e foram pagos em 24
prestações, tendo o tio do Maynard (Carlos) como o heroico avalista.
“A primeira denominação da banda foi
Bumbles Bees, que foi logo descartada, pois o principal apresentador da
televisão da época, Julio Rosember (lider de audiência com seu programa musical
“Na Crista da Onda”), não conseguia pronunciar direito o nome do grupo.
Estreamos no programa cantando a canção Yellow
Submarine e logo depois mudamos o nome do grupo para Colt 45.”
Em 1967, gravaram uma ‘demo’ com duas
canções, de um lado, Poor Side of Town, com a voz de Dudu França, e no
verso Maynard cantando, Don't Bring Me Down. “Mas só tenho o lado que eu
gravei. Um dia fui limpar o acetato e, acidentalmente desgravei o lado do
Dudu.”
Um dia, um maestro amigo de seu pai
assistiu os ensaios da banda e disse ao professor Alceu que o cantor deveria
ser o Dudu. Imediatamente, Maynard passou a ser a segunda voz do grupo.
“Achamos que deveríamos ter um órgão
na banda”. Meu primo disse que poderia tocar. Compramos um Diatrom, que era o
máximo. Foi quando conhecemos um guitarrista chamado Xilo. Estreamos com ele no
Clube Círculo Militar, numa domingueira.
Nesta fase, o grupo foi contratado
por Abelardo Figueiredo (diretor musical do Beco, principal casa de espetáculos
de São Paulo, nos anos 1960) para substituir o grupo “Beat Boys” (conjunto
argentino que fazia muito sucesso na época).
“O Abelardo achava que o Dudu, que
era o cantor da banda, não devia ficar na bateria. Queria que ele ficasse à
frente da banda. Concordamos com ele, contratamos outro baterista e com ele
fomos fazer no canal 13 o programa Pernas, a Hora e a Vez, produzido pelo
Abelardo e cujas estrelas eram Aizita Nascimento e Norma Bengell.
O programa era ao vivo e em nossa
primeira apresentação houve um problema. Ao final do nosso número, o baterista
ao invés de ir abaixando o som, como havíamos ensaiado, iniciou um longo solo
de bateria. O Abelardo mandou demitir o músico e o Dudu, no mesmo dia, voltou
para a bateria”.
As músicas de Johnny Rivers faziam
muito sucesso e compunham o repertório do Colt 45. Quando ele veio se
apresentar em São Paulo, numa festa ficou conhecendo os integrantes da banda e
ensinou-os a tocar Summer Rain, uma canção de seu novo disco que ainda não
havia sido lançado.
“Lembro que nós cantávamos esta
música antes dela ser conhecida no Brasil. No nosso repertório incluíamos
também Era um garoto que como eu amava os
Beatles e os Rolling Stones, em italiano.
O Dudu França foi o primeiro cantor a
interpretar essa música no Brasil, no programa "Os Incríveis"
(banda), e o sucesso foi tão grande que eles gravaram a música em português,
tornando-se o maior sucesso da carreira deles.
O Colt 45 se apresentava em todos os
programas de televisão e Roberto Carlos comandava, na TV Record, o mais exitoso
de todos os programas, “Jovem Guarda”, que era dominical e ao vivo.
“Fomos apresentados como os novos
amigos de Roberto Carlos, e lá no programa foi cantado a música Nobody But
Me. Nesta mesma época, um amigo de meu pai, Brás Bacarin, convidou-nos para
gravar um compacto simples, na gravadora Chantecler, no ano de 1967, com as
músicas: I've Been Loving You Too Long e Gimme Some Lovin´. Foi
gravado apenas esse disco e logo em seguida a banda acabou”.
Um detalhe curioso ocorreu com o Colt
45. A banda nunca havia tocado nos clubes Pinheiros e nem no Paulistano e seus
integrantes não sabiam o motivo porque não eram convidados para se apresentar
nestes clubes. Um dia, Maynard conversando com Polé (campeão pan- americano e o
melhor jogador de pólo aquático que o Pinheiros teve em todos os tempos), pediu
que ele intercedesse junto ao diretor social do clube.
Foi quando Polé, revoltado, descobriu
que a banda não tinha espaço no Pinheiros porque o Zeca era negro e havia
preconceito racial no clube. Por imposição do atleta, o Colt 45 passou a tocar
no Pinheiros e, em seguida, no Paulistano.
Com o fim do conjunto Colt 45, o
jovem Dudu França e o menino Marcão (como já era conhecido Marcos Maynard nas
febris rodas do rock paulistano) convidaram Nescau (Marco Antonio F. Cardoso -
baixista), Cláudio Callia (tecladista), Niccoli (Alberto Niccoli Jr.-
baterista) e Xilo (Juvir M. Moretti - guitarrista) para formar outra banda de
rock. Assim nasceu o Memphis, que em 1968 estreou no Clube Militar e Dudu era o
cantor e Maynard, guitarrista.
“Eu já era amigo do Seu Alfredo
(Alfredo Santos Filho, diretor social do Clube Círculo Militar) e consegui que
ele nos convidasse para tocar nas famosas e concorridas domingueiras do clube.
Foi lá que fomos descobertos pelo Cesar Benvenutti, o grande produtor na época
de música jovem em Inglês.
Ele nos levou a um estúdio e
começamos a gravar compactos simples para um selo chamado “Mammuth”. Foram
gravados vários discos com diferentes nomes de bandas, tais como, “Joe Bridges”, “Kris Kringle”, “Beach Band”, “Baby Joe”, entre outros. Foi quando o Toninho Paladino nos levou
para a gravadora RGE, onde finalmente a banda gravou (usando seu próprio nome)
a música Sweet Daisy, em compacto simples.”
Antes das gravações com Cesare, o
organista Callia saiu da banda e Maynard, em apenas uma semana, aprendeu os
primeiros acordes do instrumento para substituí-lo num grande show que seria
realizado no Clube Pinheiros, com a participação das cinco principais bandas de
rock em inglês de São Paulo. No lugar de Callia, para as sessões de gravação de
Sweet Daisy, entrou Otávio Augusto, que ficaria famoso em carreira-solo como
Pete Dunaway.
“Mas eu não estava satisfeito com o
esquema do Memphis, diz Maynard. “As namoradas atrapalhavam nossa
carreira e resolvi sair da banda”. Havíamos gravado também com o nome de
"Lee Jackson". Aí eu disse aos integrantes da banda que queria ficar
com o nome, pois tentaria formar outro conjunto, já que a música Oh, Oh, La,
La, La estava tocando muito nas rádios.”
Com a onda da ‘disco music’, a porta dos clubes se fechou para os conjuntos. Dudu
França então procurou outros caminhos indo para a carreira solo como cantor de
discoteca.
Descoberto pelo produtor artístico
Carlos Imperial, começou a fazer sucesso no no final dos anos 1970 e início dos
1980, intensificando sua carreira nos mercados latino-americanos.
Muitas de suas músicas viraram faixas
de trilhas de novelas da televisão. Seu primeiro grande hit, foi em
1978, quando a música Grilo na Cuca
estourou em todas as rádios e foi incluída na trilha da novela “Marrom Glacê”.
Também freqüentava o programa de auditório de Carlos Imperial, chamado de
"Os Embalos de Sábado".
No início dos anos 1980, Dudu ainda
emplacaria muitos hits, tais como, Eu
e ela e Fim de Semana, Geração saúde, Me leva e Foge comigo .
Em 1982, ele foi o grande vencedor do Festival Internacional de La Cancion de
Viña Del Mar, com a música Dime, amor,
composta por ele e por Morris Albert, autor da canção Feelings.
Considerado "rei da geração
saúde" nos anos 1980, Dudu também foi conhecido apresentador de TV:
Apresentou um quadro do programa “Globo de Ouro”, chamado “Geração 80”, na TV
Globo.
Entre 1981 e 1985, ele foi um dos
apresentadores do programa de auditório para jovens "Vamos Nessa", na
TV SBT. Em cada programa uma cantora apresentava junto com Dudu, e a cantora
Cláudia Telles foi a primeira delas. A música-tema do programa acabou virando
hit também, sendo executada nas pistas de dança. Também passou a atuar como
ator na TV SBT.
Na sequência da sua carreira, virou
compositor e produtor de jingles de sucesso, na área publicitária.
(Fonte: wikipedia 24/mai/2018)
Nesta postagem, apresentamos o álbum “Festa
Pronta, lançada em 1997, pela gravadora Fieldzz Discos, contendo releituras de grandes
sucessos dos anos 1960 e 1970. O grande destaque deste disco é a qualidade da
interpretação dessas canções, mostrando todo o talento vocal do cantor Dudu
França. Vale a pena ouvir. É show...
As canções que compõem a seleção são
as seguintes:
1. Medley: You’ve lost that loving feeling / Twist and shout / La bamba
/ Footloose;
2. My pledge of love / I’ve been hurt;
3. Yellow river;
4. Long train running;
5. Mrs. Robinson;
6. I’m a believer;
7. Memphis;
8. Judy in disguise;
9. Secret agent man;
10. Sunny;
11. Call me;
12. The more I see you;
13. There’s a kind of hush;
14. Can’t take eyes off of you;
15. It’s too late;
16. Proud Mary;
17. Natal medley: We wish you a merry Christmas / Jingle bells.
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