O mundo musical brasileiro perde
Altamiro Carrilho, virtuoso da flauta transversal, com mais de 200 canções
escritas, músico de 87 anos não resistiu a complicações causadas por um câncer
no pulmão.
Considerado
um dos maiores instrumentistas da música popular brasileira, o flautista
Altamiro Carrilho morreu na manhã de ontem, dia 15/08/2012, no Rio de Janeiro. O músico
havia sido internado em julho num hospital em Copacabana, com complicações
pulmonares. Chegou a passar três dias no Centro de Terapia Intensiva - CTI, mas
teve alta no último dia 24 e passou a receber atendimento médico em casa.
Ontem, voltou a ser internado e não resistiu.
Altamiro
Carrilho era o quarto filho de uma família de oito irmãos – entre eles o também
flautista Álvaro. Ele nasceu em Santo Antonio de Pádua, noroeste fluminense, no
dia 21/12/1924.
Em 1938
passou a integrar a banda familiar de seu avô materno, na qual tocava caixa de
guerra (tipo de tambor). Três anos depois, a família se mudaria para São Gonçalo
(região metropolitana do Rio) e Carrilho, já flautista rodado por concursos de
rádio, teria sua grande oportunidade, substituindo o lendário Benedito Lacerda
(1903-1958) como músico de apoio em um show de Moreira da Silva (1902-2000).
Bem-sucedido,
foi convidado a participar de um disco do cantor e acabou sendo apresentado a
outros artistas. Acompanhou estrelas do rádio como Ademilde Fonseca e Emilinha
Borba e, em 1949, gravou seu primeiro disco, Flauteando na Chacrinha.
Ao longo de
mais de 60 anos de carreira, compôs cerca de 200 músicas. Entre as mais
conhecidas estão os choros Bem Brasil
e Aeroporto do Galeão e gravou mais
de cem discos, tornando-se uma lenda do choro e responsável pela disseminação
do gênero.
Para mais informações sobre Altamiro Carrilho, veja a postagem realizada em 15/08/2011.
Já nesta postagem, homenageamos esse grande
instrumentista apresentando o álbum independente, intitulado "125 Anos de Chorinho", lançado em 2000, de show realizado no Teatro Municipal, com o patrocínio do Serasa. Da seleção de 16 músicas contidas no álbum, quatro são de autoria do próprio instrumentista. As faixas do disco são:
1. Apresentação do maestro Julio Medaglia;
2. Deixa o breque pra mim;
3. Flor amorosa;
4. Bem Brasil;
5. Odeon;
6. História de 1x0;
7. 1x0 - Pixinguinha;
8. Oriental;
9. Eterno jovem Bach;
10. Pequena serenata;
11. Atraente / Corta jaca;
12. Bemtevi atrevido;
13. Tico tico no fubá;
14. Brasileirinho;
15. História de André de sapato novo;
16. André de sapato novo.
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