Em minha opinião, o Brasil sempre gerou
grandes cantoras. Porém, nem todas obtiveram o sucesso comercial que deveriam
em sua carreira. Os motivos são inúmeros, tais como, gravadoras mais simples,
empresários despreparados, escolha de repertório inadequado, divulgação
ineficaz, falta de maturidade das próprias cantoras e outros motivos que podem
ser considerados como motivos.
Minha lista pessoal de cantoras que
poderiam ter mais sucesso é vasta. Cito as duas primeiras da minha lista, Leny
Eversong e Cláudia. E é justamente a cantora Cláudia o motivo da nossa
postagem. Antes de comentar sobre o álbum da postagem, seria interessante
comentarmos um pouco sobre a trajetória da cantora, que obtivemos do site www. cantorasdobrasil.com.br
Maria das Graças Rallo é o nome da
cantora Cláudia (posteriormente trocou o “i” por “y”). Ela nasceu no Rio de
Janeiro, em 10/05/1948 e foi criada em Juiz de Fora (MG). Começou a cantar aos
oito anos de idade, participando de um programa de calouros na Rádio Sociedade
de Juiz de Fora.
Aos 13 anos, atuou como crooner do conjunto Meia-Noite, que se
apresentava em festas e bailes daquela cidade. Iniciou sua carreira
profissional na década de 1960, participando do programa "O Fino da
Bossa" (TV Record), de onde foi definitivamente banida por Elis Regina,
preocupada com a competição de Cláudia, que foi considerada de cara uma cantora
tão boa quanto ela. A cantora Elis Regina sempre foi uma cantora excepcional,
porém, as vezes gerava conflitos com o seu comportamento.
Recebeu, logo no primeiro ano de sua
carreira, o troféu Roquete Pinto, como cantora revelação. Viajou para o Japão,
onde se apresentou com o saxofonista Sado Watanabe. Ficou nesse país durante
seis meses, apresentando-se em clubes, hotéis, boates e teatros. Gravou um LP
em japonês, que atingiu a tiragem de 200 mil cópias.
De volta ao Brasil, classificou em 1º
lugar a canção Razão de paz para não
cantar, composição de Eduardo Lage e Alézio de Barros, no I Festival
Fluminense da Canção, realizado em 1969, em Niterói (RJ). Ainda nesse ano,
classificou a mesma música em 4º lugar no IV Festival Internacional da Canção
(TV Globo), recebendo o prêmio de melhor intérprete.
Em 1970, representou o Brasil no XI
Festival da Canção, no México, tendo sido contemplada com quatro medalhas de
ouro, inclusive a de melhor intérprete. Em 1971, gravou o álbum Long Playing -
Lp "Jesus Cristo", com destaque para a faixa-título, de Roberto e
Erasmo Carlos, e Com mais de 30,
canção de Marcos e Paulo Sérgio Valle, esta também com grande êxito.
Ainda nesse ano, participou da IV
Olimpíada da Canção, na Grécia, defendendo a canção Minha voz virá do sol da América, mais uma composição de Marcos e
Paulo Sérgio Valle, ganhando os prêmios de melhor intérprete, melhor arranjo,
melhor letra e melhor música.
Em 1972, representou o Brasil no Festival
de Hola Nueva, na Venezuela, tendo recebido o prêmio de melhor intérprete. No
ano seguinte, lançou o álbum Lp "Deixa eu dizer", que registrou
canções de sua autoria como Noite de
verão (com Raul Telles) e Agora quem
sorri sou eu (com Cristiê), além de músicas de outros autores, como Esse cara (Caetano Veloso) e a
faixa-título, de Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza.
Em 1975, participou do Festival da
Espanha, em que se destacou como a melhor cantora. Ainda nesse ano,
apresentou-se com o violonista Baden Powell na França e na Itália. Em 1979,
gravou o álbum Lp “Pássaro imigrante”, em que registrou composições próprias
como Morena de Uganda e Boiadeiro, em parceria com Chico Medori.
No ano seguinte, lançou o álbum Lp
"Cláudia", incluindo canções de sua autoria como Baião agressivo e Brasileirinho
multinacional, ambas com Chico Medori, e músicas de outros autores, como Canção de quem se espera, de Sivuca e
Glorinha Gadelha e Me deixa em paz, composição
de Monsueto e Airton Amorim, entre outras.
Em 1982, foi convidada para estrelar o
musical "Evita", seu maior sucesso de público e crítica. O espetáculo
ficou em cartaz durante seis meses em São Paulo e quase dois anos no Rio de
Janeiro. Em 1986, gravou o álbum Lp "Sentimentos", com destaque para
a versão de Victor Berbara Não chores por
mim, Argentina, composição de A.L.Webber e Tim. Rice, seu maior sucesso, e Quero que vá tudo pro inferno, de Roberto
e Erasmo Carlos.
Em 1992, lançou o álbum em Compact Disc
– CD, "A estranha dama", que incluiu as canções Podres poderes, de Caetano Veloso, O bem e o mal, de Danilo Caymmi e Dudu Falcão e É, de Gonzaguinha, entre outras.
Dois anos depois, gravou um excelente
disco (em CD) com o Zimbo Trio, intitulado “Entre amigos", interpretando
músicas como Beatriz, de Edu Lobo e
Chico Buarque, De frente pro crime,
de João Bosco e Aldir Blanc, Cantiga por
Luciana, de Edmundo Souto e Paulinho Tapajós e Domingo no parque, de Gilberto Gil, entre outras.
Em 1998, lançou o magnífico álbum CD
"Claudya canta Taiguara", contendo as canções Hoje, Universo no teu corpo
e Teu sonho não acabou, entre outras.
Em 2005, gravou o álbum CD "A Lua Luará", onde canta músicas do
compositor finlandês Heikki Sarmanto, letradas por Fernando Brant.
Em 2011 Cláudia volta a gravar através
da gravadora Jóia Rara, do DJ Zé Pedro, com o álbum CD "Senhor do Tempo -
Canções Raras de Caetano Veloso".
Nesta postagem, a pedido do amigo do blog, Fred, da cidade de Campos de Jordão, apresentamos o álbum intitulado “Jesus Cristo”, lançado em
1971, pela gravadora Odeon. Sem dúvida, os destaques desse álbum, que considero
um dos melhores da carreira dela, são as canções Jesus Cristo, Mudei de Ideia e Com
mais de 30. As músicas do disco são as seguintes:
1.
Jesus Cristo;
2.
Amigo;
3.
Ossain (Bamboxê);
4.
Frente fria;
5.
Seresta no castelinho;
6.
Mudei de idéia;
7.
Mais que perfeito;
8.
Moeda, reza e cor;
9.
Baobá;
10.
A voz do violão;
11.
Com mais de 30.
Links:]