O cantor,
pianista e compositor Carlos Alberto (Nuno Soares), nasceu em Astolfo Dutra,
Minas Gerais. Aos 9 anos foi para Petrópolis-RJ e aos 18 para Três Rios-RJ. Em
Três Rios começou a cantar em bailes sendo até crooner de um grupo. Lá se casou, e em 1963 veio para o Rio de
Janeiro pelas mãos do amigo Maurício Farah.
No mesmo
ano gravou seu primeiro disco Long Playing - LP onde cantava o sucesso Sabe Deus, versão do bolero Sabrá Dios, de Alvaro Carrillo.
Chamado de o Rei do Bolero na
década de 1960, é apontado como o cantor que mais gravou boleros no Brasil. Em
sua carreira lançou mais de 60 discos.
Lançou em
1965 , pela gravadora CBS o álbum “Carlos
Alberto canta para enamorados”, com acompanhamento da orquestra de
Alexandre Gnattali, interpretando entre outras, as músicas Raiva de ti, de Evaldo Gouveia e Jair
Amorim, O nosso amor está morrendo, de Raul
Sampaio e Benil Santos, Não sei
não, de Othon Russo e Niquinho, Pense em
mim", de Antônio Maria, e Tu me
abandonastes, de Nuno Soares, Wilson Mussauer e José Silva, além de
versões de Clóvis Mello para os boleros Cinzas,
de Wello Rivas, Tu, onde estás,
de Gabriel Ruiz e Ricardo López Méndez, e Menos
que nada, de Chucho Martinez.
Em 1971,
lançou disco pela gravadora CBS, que trazia seu nome como título e que teve
direção artística de Rossini Pinto, apresentando como principal destaque a
canção Rasguei o teu retrato, de Cândido
das Neves, e incluiu ainda músicas como Só
fiquei com o seu adeus, de Odair José, Perdoa-me, de Rossini Pinto e Álvaro Menezes, Melhor sorrir do que chorar, de
Othon Russo e Niquinho, e Eu sou a
solidão, de Toso Gomes e Antonio Correia.
No ano
seguinte, passou a gravar pela gravadora Continental e lançou disco no qual
interpretou Vingança, de Lupicínio
Rodrigues, O amor só tem tristeza pra me
dar e Eu só conheço a palavra
perdoar, de Chico Xavier e Tito Mendes, Amor livre, de Pepe Ávila, e Razão de nossas vidas, de Renato de
Oliveira e Ivan Reis.
Em 1977,
gravou pela gravadora Som Livre o álbum “Esta
casa foi nossa”, música título de Roberto Livi com versão de Célio
Roberto, e que contou com arranjos e regências de Waltel Branco e Orlando
Silveira, incluindo ainda as músicas Recusa,
de Herivelto Martins, Encruzilhada, Corre trem, Você é diferente e Basta, de Nuno Soares, Confiança traída, de Waltel Branco
e João Melo, Meu pecado, de
Lupicínio Rodrigues e Felisberto Martins, e Tango,
de Chico Anysio e e Raymond.
Em 1979,
voltou a gravar pela gravadora CBS e gravou disco com arranjos e regência do
maestro Pachequinho no qual interpretou O que
fizestes com as flores, Nem se
despediu de mim, A única
solução e Conclusão, de
Nuno Soares, Instantes, de
Alemão e Elzo Augusto, Disfarces, de
Ivan Cardoso, Castelo de amor,
de Nenzico, Creone e Barrerito, além do clássico tango Mano a mano, de José Razzano,
Carlos Gardel, Esteban Flores e G. Ghiaroni, entre outras.
Em 1986,
lançou pela gravadora CID o álbum “Música
e romance” no qual registrou clássicos do repertório romântico como
Ronda, de Paulo Vanzolini, Negue, de Adelino Moreira e Enzo de
Almeida Passos, Nervos de aço, Nunca, e Loucura, de Lupicínio Rodrigues, Quem há de dizer, de Lupicínio
Rodrigues e Alcides Gonçalves, A noite
do meu bem, de Dolores Duran, Minha
rainha, de Rita Ribeiro e Lourenço Cavalcante, e Quase, de Mirabeau e J. Gonçalves,
além do clássico tango Caminito, de J.
D. Filiberto e G. G. Peñaloza.
Em 2000,
ainda pela gravadora CID lançou o álbum, já em formato Compact Disc, intitulado
“Minha rainha e outros sucessos”, com música título de Rita Ribeiro que incluiu ainda
sucessos como Ronda, de Paulo
Vanzolini, Negue, de Adelino
Moreira e Enzo de Almeida Passos, Nervos
de aço, de Lupicínio Rodrigues, A noite
do meu bem, de Dolores Duran, Talismã,
de Michel Sullivan e Paulo Massadas, e Memórias,
de Leonardo, entre outras.
Em 2006,
apresentou-se no programa Sílvio Santos interpretando a canção Talismã, sucesso da dupla Leandro e
Leonardo. Reside atualmente em Petrópolis-RJ e Rio de janeiro, mas não se
esquece de sua cidade natal nem de Três Rios que o acolheu com muito carinho e
deu a ele o título de "Cidadão Três Rios". Morando em Petrópolis, em
2005, continuou fazendo shows pelo Brasil.
Em sua
longa carreira, obteve várias premiações em programas de rádio e televisão,
tais como o Troféu Discoteca do Chacrinha e o Troféu Chico Viola. Os prêmios
são provas de sua dedicação à música brasileira. Pelas suas interpretações e
estilo musical de suas músicas, com ênfase no bolero, até hoje é reconhecido
como O Rei do Bolero.
Para
homenagear a carreira e o artista Carlos Alberto, resgatamos o álbum “O Rei do
Bolero”, lançado no Brasil em 1996, pela gravadora Companhia Industrial de
Discos – CID, que apresenta uma seleção que inclui a releitura, em bolero, de
canções mais populares, tais como, Agonia
(Mongol), Prá você (Silvio Cesar) e Coração vagabundo (Caetano Veloso). Vale
a pena conhecer.
Além
disso, a seleção inclui uma jóia nacional do bolero, chamada Tortura de amor, composição de Waldick
Soriano.
As
músicas que compõem essa seleção são as seguintes:
1. Lama;
2. E por isso estou aqui;
3. Atiraste uma pedra;
4. Agonia;
5. A flor e o espeinho
6. Meu dilema;
7. Prá você;
8. Coração vagabundo;
9. Existe alguém;
10. Brigas;
11. Estranha loucura;
12. Franqueza;
13. Tortura de amor.
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Ver Posagem Original de 10/jan/2014