A banda brasileira Mac Rybell, influenciada pelos Beatles e Rolling Stones, surgiu em
1964, na cidade de Assis, São Paulo, de um grupo de amigos que buscavam na
música a manifestação desse movimento musical.
Sua formação básica era composta por Marinho e
Caio, que estudavam no Colégio Diocesano e Paulo Roberto, Yrineu Bell e
Elionilton.
O nome escolhido para a banda foi composto pelas
iniciais dos nomes de cada integrante da banda. Em 1967, Mac Rybell grava o seu
primeiro disco, no formato compacto simples, com as canções Júlia e Io non te lembro. Nesse ano, entra novos integrantes no grupo, Rodolfo
e Luis Carlos.
Em 1968, o grupo se apresenta na TV Bandeirantes,
no programa “Enzo de Almeida Passos”. Naquela oportunidade é convidado a tocar
na melhor casa noturna de São Paulo, a Urso Branco. Após o sucesso dessa
apresentação a banda é contratada como nova atração da noite paulistana, o que
os faz mudarem-se para São Paulo.
Não demora e Mac Rybell é considerado pelos
jornalistas de São Paulo, como os Beatles brasileiros e em apenas três meses de
trabalho é festejado como o melhor conjunto da noite paulistana, de 1968.
Ainda em 1968, fruto do desempenho e sucesso do
grupo, o Mac, como eram chamados, lança no Brasil, um compacto simples com uma
música inédita dos Rolling Stones, chamada The
Lantern, além de uma própria composição com o título de Shadow. Atualmente, pela sua raridade,
esse compacto é item de disputa entre colecionadores internacionais.
O ano de 1968, foi uma das melhores fases do grupo
e aproveitando o momento grava um álbum com canções dos Beatles, mas por
imposição contratual da gravadora, no disco intitulado “Mania de Beatles”, o
nome da banda saiu como “The Sargeants”. No entanto, tirando isso, para quem
não sabe, eles foram o primeiro conjunto brasileiro a lançar um álbum, no
formato Long Playing – LP, apenas com canções dos Beatles. Nesse ano, entraram
os integrantes Yrineu e Daniel.
Em 1969, após grande sucesso em São Paulo, a banda
retorna para a cidade de Assis, contando com novo elemento na formação, Mario
Carlos.
No início dos anos 1970, o grupo já reformulado,
começou pesquisar novas sonoridades eletrônicas e incluíram essas inovações em
seu trabalho, produzindo efeitos especiais em suas gravações. Isso pode ser
ouvido na faixa instrumental do álbum que foi lançado em 1974.
Em 1972, participou em diversos programas de TV, de
São Paulo, como por exemplo, “O Clube do Bolinha”, o “Programa do Sílvio
Santos”, que era exibido na Rede Globo, entre outros. Naquela época, a
audiência televisiva era pequena, mas mesmo assim, a repercussão da
participação no programa, propiciou ao grupo um mercado de trabalho em
potencial, confirmando a sua posição como uma das melhores bandas do Brasil.
Pena que tudo isso não tenha se manifestado em maior penetração em outras
regiões do Brasil, ficando restrito a São Paulo.
Em 1974, a banda grava o álbum “Mac Rybell”,
contendo apenas composições de autorias próprias e que tem a canção Meu Sonho, tocada em várias emissoras de
rádios da época. Na gravação desse disco a formação do grupo era composta por
Mario, Caio, Rodolfo, Yrineu, Bell, Elionilton e Luis Carlos.
O realce da carreira da banda Mac Rybell foram as
pesquisas musicais e tecnológicas, nas criações de novos sons e instrumentos,
sendo o diferencial da banda, o que possibilitou, no ano de 1983, a sua
participação na TV Cultura para a gravação da abertura de Assim Falou
Zaratrusta, que permanece até os dias de hoje como uma das marcas desse
vanguardismo.
Fontes:
Nesta
postagem, apresentamos o raro e disputado compacto lançado no Brasil, em 1968, bem como album de 1974, lançado no Brasil, pela gravadora Som
(Copacabana Discos), ambos com o selo (label) Beverly, contendo as seguintes músicas:
Compacto Simples Mac Rybell (1968):
1. Lantern;
2. Shadow.
Álbum Mac Rybell (1974):
1. Meu
sonho;
2. The
first time I saw you;
3. Amor ainda existe;
4. Wait;
5. Como posso viver sozinho;
6. Apocalipse;
7. It's so blue;
8. Lágrimas;
9. Você deve crer;
10. Já era o tempo de esperar;
11. Canção do bosque;
12. Homem pé no chão.
Compacto 1968
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