Comentando com um amigo a respeito de como havia bandas boas na década de 1970, me lembrei de um grupo que aprecio muito, o Badfinger. Para alguns, ela era considerada de segunda linha. Na verdade existiam tantas bandas com qualidade que a comunidade de apreciadores chegava ao ponto de classifica-las por níveis de estilo e qualidade. Quando comparamos com o presente concluímos que eram muito boas, mesmo aquelas criticadas.
A banda Badfinger começou com The Iveys, numa alusão à canção Poison Ivy. Com seu estilo rock’n’roll e referências aos anos 50, conseguiram convencer Mal Evans (roadie dos Beatles) e Peter Asher (da dupla Peter & Gordon) a fazer um teste para o recém-lançado selo Apple. Com isso, conseguiram chamar a atenção de Paul McCartney, que deu uma força à banda nesse início de carreira entregando-lhes a música Come And Get It. A banda era formada por Pete Ham (guitarra e vocal), Tom Evans (baixo e vocal), Joey Molland (guitarra e vocal) e Mike Gibbins (bateria).
No final de 1969, para evitar confusões com uma banda mais antiga, chamada The Ivy League, mudaram então o nome para Badfinger, inspirados no nome original da canção With a Little Help from my friends, dos Beatles, que iria se chamar “Badfinger Boogie”. John Lennon chegou a sugerir que se chamassem “The Glass Onion And The Grand Prix”, que felizmente não ocorreu.
A maioria das canções foram compostas por Pete Ham e Tom Evans, tais como, Carry On Till Tomorrow, No Matter What, Day After Day (com direito a duelo de slide guitar entre Pete Ham e George Harrison), Without You, entre outras. Até hoje muita gente pensa que Without You é de Harry Nilsson, pela sua maravilhosa interpretação, que a tornou um sucesso estrondoso.
Em 1971 o grupo acompanhou George Harrison no concerto para Bangladesh, que foi o show pioneiro entre as apresentações de rock beneficentes. A parte trágica da história do Badfinger: Pete Ham suicidou-se em 1975 (aos 27 anos!!) quando o empresário financeiro Stan Polley fugiu com todo o dinheiro do grupo. Faltava um mês para o nascimento de sua filha. Tom Evans também cometeu suicídio em 1983 quando sofria de depressão profunda. Os dois se enforcaram.
Os discos póstumos de Pete Ham são essenciais na trajetória musical da banda: 7 Park Avenue e Golders Green, com demos e gravações entre 1967 e 1975. Para quem não conhece, Badfinger é rock’n’roll, power-pop, hard-rock , baladas pop, tudo com uma qualidade impecável.
Nesta postagem, para homenagear essa excelente banda, apresentamos o álbum derivado de show ao vivo, gravado em 1974, na cidade de Cleveland / USA, que até então estava disponível em versões alternativas (Bootlegs). Foi lançado em 1990, em Compac Disc, pela gravadora Rykodisc, com o título “Day After Day”. As músicas do disco são:
1. Sometimes;
2. I don’t mind;
3. Blind owl;
4. Give it up;
5. Constitution;
6. Baby blue;
7. Name of the game;
8. Day after day;
9. Timeless;
10. I can’t take it
2. I don’t mind;
3. Blind owl;
4. Give it up;
5. Constitution;
6. Baby blue;
7. Name of the game;
8. Day after day;
9. Timeless;
10. I can’t take it
Bônus:
11. Suitcase;
12. Suitcase jam.
Que banda incrível, eles tem músicas maravilhosas, No Matter What pareçe música dos Beatles de tão boa e Day after Day é uma das melhores músicas de todos os tempos, só essas já colocam o Badfinger no top dos tops mas eles tem muitas outras músicas maravilhosas. Bela postagem e texto muito bom. Valeu.
ResponderExcluirMeu amigo
ExcluirNos anos 70 tivemos bandas excelentes. O Badfinger foi uma delas. Pena que não tiveram o destaque que mereciam. Além disso foi vítima de tragédias pessoais. Nessa época, havia tanta diversidade que muitas bandas que eram consideradas como de segunda linha, hoje soam da mais alta qualidade. Será que a música atual empobreceu? ou eles eram bons? ou ambas as coisas.
Um abraço e obrigado pelo apoio ao blog.
Hedson LaPlaya
Para mim, o Badfinger foi uma Banda melhor que The Beatles. Bem mais interessante. E Pete Ham, que suicidou faltando três dias para completar 28 anos, é superior a qualquer integrante da Banda mais famosa de todos os tempos. Pete ham foi um gênio, que criou mais de 120 canções. A maioria delas maravilhosas. E imperdoável passar pela vida e desconhecer a existência deste Músico maravilhoso. Um verdadeiro Shakespeare do Rock. Um guitarrista genial, um pianista exuberante, um cantor com uma voz diferenciada e um compositor extraordinário. No ano em que se suicidou e no próprio mês de sua morte, Pete ainda compôs algumas canções, músicas que antecipavam o que viria a acontecer. A mitologia em torno do Badfinger e principalmente abrangendo o incomparável William Pete Ham é merecidíssima. O cara era uma verdadeira máquina de criar canções: letras e musicas. A genialidade de Pete é irreproduzível na espécie humana.
ResponderExcluirValeu...
ExcluirFinalmente encontro alguém que valoriza o Badfinger e Pete Ham. É incompreensível como se dá pouca atenção a esse grupo maravilhoso.
obrigado pelo seu depoimento.
Hedson LaPlaya