quarta-feira, 6 de novembro de 2019

LYRIO PANICALI E SEU VIOLINOS - VIOLINOS DO CÉU (1960)

Nesta postagem, resgato o álbum orquestral "Violinos do Céu", do excelente maestro, arranjador, compositor e diretor musical brasileiro, Lyrio Panicali (1906 - 1984), lançado no Brasil, em 1960, pela gravadora Columbia. 

Neste país sem memória musical, aproveito para reforçar quem foi Lyrio Panicali. Apesar de sempre atuar no Brasil, sua origem era italiana e foi considerado um dos grandes maestros da "Era de Ouro' da Rádio Nacional, do Rio de Janeiro, tendo frequentado, no começo de sua carreira, os teatros Lírico e Municipal aonde ia acompanhado muitas vezes pelo compositor Lamartine Babo.


Em 1922, morando no Rio de Janeiro, ingressou no Instituto Nacional de Música e em seguida atuou como maestro e pianista da "Companhia Negra de Revistas", na atração de revista, chamado "Preto e Branco", de Wladimiro di Roma, no teatro Rialto.


Em 1938, voltou para o Rio de Janeiro, como contratado da Rádio Nacional, onde estreou no programa "Canção Antiga", de Almirante. Formou a Orquestra Melódica Lyrio Panicali e começou a compor temas musicais para as novelas transmitidas pela emissora, destacando-se as valsas Encantamento e Magia, em parceria com Raimundo Lopes, e Ternura, com Amaral Gurgel. Ainda nesse ano, compôs sua primeira trilha sonora para o cinema para o filme "Aves Sem Ninho", de Raul Roulien. 

Em 1950, Dick Farney gravou sua composição, o samba-canção Naquele tempo, parceria com Klécius Caldas e Ari Ferreira. Na flauta, gravou o choro Ari no choro na gravadora Sinter. Foi um dos fundadores da gravadora Sinter, ainda nesse ano, atuando também como diretor artístico da gravadora, onde lançou, com sua orquestra as músicas Canção de aniversário e Maringá, de Joubert de Carvalho e o samba-canção Somos dois, de Klécius Caldas, Armando Cavalcanti e Luiz Antônio. 

Nos anos seguintes das décadas dos anos 1950 até o final dos anos 1970 participou ativamente no meio musical, participando como compositor e arranjador em gravações de artistas e de trilhas sonoras de filmes e novelas brasileiras.

Ele foi a base de várias obras de artistas brasileiros, tais como: João Dias, Cauby Peixoto, Sérgio Murilo, Dick Farney, Os Cariocas, Wilson Simonal,  Edu da Gaita, Carlos José, Lana Bitencourt, Tito Madi, Orquestra Zacarias, Ribamar, Peri Ribeiro e diversos outros artistas do "cast" da EMI Odeon e da Columbia (CBS)

Podemos afirmar que, a forma como Lyrio Panicali tratou a música e como realizava os seus arranjos das melodias, merece atenção e admiração, se situando entre os melhores maestros e arranjadores do Brasil. Entre tantas obras, em particular, são citados os álbuns "Nova Dimensão","Italiano" e  "Violinos do Céu", objeto desta postagem.

As músicas que compõem o álbum "Violinos do Céu" são as seguintes:

01. Pretenda;
02. Caminhemos;
03. Copacabana;
04. Casinha pequenina;
05. Marchetta;
06. Violinos do céu;
07. Não tenho lágrima;
08. O milagre da volta;
09. Menina moça;
10. Delicado;
11. Es mi tormento;
12. Sonho de amor (Liebestraum).

























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