Para quem não o conhece, Henryk
Szeryng nasceu em Varsóvia, no ano de 1918 e faleceu na cidade de Kassel, em 1988. foi um renomado violinista, pedagogo,
filantropo e diplomata da Polônia, tendo-se tornado mais tarde cidadão
mexicano.
Era
filho de um rico industrial e com três anos já começava a ter lições de piano
de sua mãe. Com sete anos escolheu o violino como seu instrumento. Seu primeiro
professor foi Maurice Frenkel, assistente de Leopold Auer.
Depois,
influenciados por Bronislaw Huberman, seus pais o levaram para estudar com Carl
Flesch em Berlim. Ele venceu o Concurso Carl Flesch em 1931 e prosseguiu seus
estudos em Paris com Jacques Thibaud e Gabriel Bouillon no Conservatório de
Paris, recebendo o Primeiro Prêmio em 1937, o que o inseriu definitivamente na
escola francesa de violino.
Também estudou composição com Nadia Boulanger, e
através dela conheceu figuras importantes como Heitor Villa-Lobos, Alfred
Cortot, Manuel Ponce, Igor Stravinsky e Maurice Ravel.
Na II
Guerra Mundial foi alistado pelo governo polonês no exílio como oficial de
ligação e intérprete, dando mais de 300 concertos para as tropas aliadas na
Europa, África e América. Em 1942 encontrou-se com o premier polonês, refugiado
no México, que buscava asilo para mais de 4 mil poloneses. Sensibilizado pela
acolhida mexicana aos refugiados, voltou ao México em 1943, quando o governo
local lhe ofereceu o posto de diretor do departamento de cordas da Universidade
Nacional do México, a fim de que reorganizasse a escola mexicana de violino.
Por seu trabalho cultural recebeu a cidadania mexicana em 1948, foi indicado em
1956 como Embaixador da Cultura, e em 1970 Conselheiro Musical Especial da
delegação permanente do México junto à UNESCO, sendo o primeiro artista a
viajar com passaporte diplomático. Dominava oito idiomas.
Foi um
dos violinistas que mais deixaram gravações. Redescobriu a partitura do
terceiro concerto de Paganini e foi o primeiro a registrá-lo em disco. Diversos
compositores escreveram peças para ele, incluindo Manuel Ponce, Camargo
Guarnieri, Xavier Montsalvatge e Julian Carrillo. Seu repertório ia de Bach até
os contemporâneos.
Recebeu vários prêmios por suas gravações, entre eles o
Grand Prix du Disque (seis vezes), o Grammy Award, o Wiener Flötenuhr, o Prêmio
Edison e o Golden Record. Entre os títulos recebidos se contam a Ordem da
Polónia Restituta da Polônia, o grau de Comendador da Ordem da República
Italiana, o de Oficial da Ordem da Coroa da Bélgica e da Ordem Nacional da
Legião de Honra da França, o de Comandante da Ordem de Alfonso X o Sábio, da
Espanha, e da Ordem de São Carlos, de Mônaco.
Seus
instrumentos também eram célebres, e os doou quase todos, retendo apenas o
Guarnerius Leduc e o Pierre Hel 1935, uma cópia do Guarnerius Le Roi Joseph.
Possuiu o Stradivarius Hercules que pertencera a Eugene Ysaye, e depois o doou
à cidade de Jerusalém para que fosse usado nos concertos da Filarmônica local;
doou seu Stradivarius Villaume, uma cópia do Stradivarius Messias, ao príncipe
Rainier III de Mônaco, e seu Guarnerius Sancta Theresia foi dado de presente à
cidade do México, e outros instrumentos foram deixados para seus alunos.
O álbum é dedicado ao músico, violinista e compositor Fritz Kreisler, nascido em Vienna, Aústria, em 1872 e falecido em Nova York, USA, em 1962. Como legado, Kreisler escreveu várias
peças para o violino, incluindo solos para bis, como "Liebesleid" e
"Liebesfreud".
Algumas das composições de Kreisler eram pastiches
ostensivamente no estilo de outros compositores. Eles foram originalmente atribuídos
a compositores anteriores, como Gaetano Pugnani, Giuseppe Tartini e Antonio
Vivaldi e, em 1935, Kreisler revelou que foi ele quem escreveu as peças.
Quando
os críticos se queixaram, Kreisler respondeu que eles já consideravam as
composições dignas: "O nome muda, o valor permanece", disse ele. Ele
também escreveu operetas, incluindo Apple Blossoms, em 1919 e Sissy, em
1932, um quarteto de cordas e cadenzas, incluindo as do Concerto para Violino
de Brahms, o Concerto para Violino D maior de Paganini e o Concerto para
Violino de Beethoven. Suas cadenzas para o concerto de Beethoven são as mais
frequentemente tocadas pelos violinistas hoje.
Ele escreveu a música
para o filme de 1936, "The King Steps Out", dirigido por Josef von Sternberg,
baseado nos primeiros anos da imperatriz Elisabeth da Áustria. Kreisler apresentou e
gravou sua própria versão do primeiro movimento do Concerto para Violino em D
maior de Paganini. O movimento é resgatado e, em alguns lugares,
re-harmonizado, e a introdução orquestral é completamente reescrita em alguns
lugares. O efeito geral é de uma obra do final do século XIX.
Fonte: Wikipedia/Abril 2020.
Fonte: Wikipedia/Abril 2020.
A seleção do álbum da postagem é composta pelas seguintes músicas de Fritz Kreisler, interpretadas por Henryk Szeryng e com Charles Reiner ao piano:
01. Capricho Vienense;
02. Bela Rosamaria;
03. Tristeza de Amor;
04. Alegrias de Amor;
05. Recitativo e Scherzo-Capricho (Para solo de violino);
06. Tempo de Minueto (No estilo de Gaetano Pugnani);
07. Prelúdio e Allegro (No estilo de Gaetano Pugnani);
08. Canção Luis XIII e Pavana (No estilo de Louis Couperin);
09. Tamborim Chinês;
10. Minueto (No estilo de Nicola Porpora);
11. Velho Refrão;
12. Rondino Sobre Um Tema de Beethoven;
13. Allegretto (No estilo de Luigi Boccherini).
Capa (Front) Edição Brasil - Philips 1967
Contra Capa (Back Cover) Edição Brasil - Philips 1967
Selo (lLabel) Edição Brasil - Philips 1967
Capa (Front) Edição US - Mercury 1963
Contra Capa (Back Cover) Edição US - Mercury 1963
Selo (Label) Edição US - Mercury 1963
Selo (Label) Edição Promocional US - Mercury 1963
Selo (Label) Edição UK - Philips 1963
Henryk Szeryng - Apresentação
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