sábado, 15 de agosto de 2020

THE MAGNETIC SOUNDS - SELEÇÃO DE OURO (1983)

Hoje, resgato o álbum instrumental "Seleção de Ouro", do The Magnetic Sounds, lançado no Brasil em 1981, pela gravadora Copacabana Discos. Posteriormente, foi relançado em 1983, pelo selo Magazine.

O excelente The Magnetic Sounds era na verdade o pseudônimo dos grupo "Os Carbonos",  aquele mesmo que anos antes interpretava versões de sucessos das paradas radiofônicas.

O conjunto “Os Carbonos", como eram chamados, tem uma representatividade importante na memória da música brasileira dos anos 1960 e 1970, principalmente na Jovem Guarda. A banda era natural de São Paulo/SP e obteve muita fama, inicialmente pela especialidade inovadora na reprodução fiel de sucessos estrangeiros, numa época onde as produções internacionais podiam demorar anos para chegar ao Brasil. Hoje diríamos que eles faziam covers de sucessos.

Tendo a sua formação mais aclamada integrada pelos músicos Mário Bruno Carezzato (piano, teclado e vocal), Umberto Carezzato Sobrinho (baixo e vocal), Raul Carezzato Sobrinho (vocal), Ricardo Fernandes de Moraes (guitarra) e Antônio Carlos de Abreu (bateria), os Carbonos também ficaram conhecidos como banda que acompanhou inúmeros artistas da música brasileira nos palcos e principalmente em estúdios.

Com uma extensa formação musical, os irmãos Mário Bruno, Umberto e Raul, sendo os dois últimos gêmeos, tiveram contato com a música e com o meio musical profissional desde muito cedo. Filhos de Mario Carezzato, acordeonista e pianista, e sobrinhos dos Trigêmeos Vocalistas, grupo vocal que nas décadas de 1940 e 1950 era atração principal e constante no Cassino da Urca (Rio de Janeiro/RJ) e na Radio Nacional e alcançou expressão internacional se apresentando na América do Norte e Europa, os irmãos Carezzato começaram a formação musical logo na infância.

Nascida no ano de 1964, a banda se apresentou inicialmente usando o nome "The Witchcraft", mas não tardou para que fosse rebatizada como "Os Quentes". O primeiro registro veio em 1966, quando sob a produção do famoso jornalista e radialista Carlos Alberto Lopes "Sossego", os jovens gravaram e lançaram um compacto pelo selo Mocambo/Rozenblit. Sucesso instantâneo, o material logo despertou o interesse da gravadora Beverly e gerou uma nova e definitiva mudança no nome, "Os Carbonos".

Mas ela não ocorreu por acaso, sendo referência direta ao elemento químico Carbono, principal constituinte de toda a vida animal e vegetal, assim como do petróleo, matéria prima dos famosos discos de vinil. Além dessa referência há o fato de que o elemento Carbono tem o número atômico seis, valor este que inicialmente representava a quantidade de músicos que integravam a banda. Ainda, por outra ótica, o nome também fazia um divertido trocadilho com o papel carbono, usado para fazer copias, uma referência tanto à aparência semelhante dos irmãos Beto e Raul como à opção e especialidade da banda em fazer versões idênticas de sucessos internacionais. De fato, não existia nome mais adequado para a primeira banda de covers que o Brasil conheceu.

Em 1968 ocorreu o lançamento do álbum em Long playing - Lp "As 12 Mais da Juventude", pelo selo Beverly, material este que logo se tornou uma febre e um dos mais vendidos e aclamados álbuns da carreira dos Carbonos. 

Ao longo da década de 1970 gravaram e lançaram diversos álbuns Lps, entre eles, "Seleção de Ouro", "Dez Super Sucessos" e "As 12 Mais da Juventude - Volume 2" - todos pela gravadora Copcabana Discos, com o selo Beverly. 

Além dos tantos registros sob a marca "Os Carbonos", com o intuito de evitar rotulações fizeram diversos trabalhos usando outros nomes, apresentando-se como Andróides, The Mackenzie Group, The Royal Band, Carbono 14 e The Magnetic Sounds. Com esse último nome gravou a série de álbuns intitulada "Super Erótica", um recorde de vendagem.

Foram muitos os discos de ouro conquistados nessa linha musical que desde o início abrangeu desde Música Clássica até o Rock mais pesado, passando por toda a variedade da música Brasileira. Desta forma os Carbonos tiveram, pela própria proposta de trabalho, a chance de pesquisar sonoridades, estilos e estéticas musicais diferentes, aliando virtuosismo, querência e bom gosto, e extraindo do equipamento e das técnicas de gravação sempre o máximo que eles podiam oferecer. Uma constante busca pela perfeição.

Os Carbonos continuam na ativa como músicos, maestros e produtores musicais oferecendo seus serviços em sua própria produtora chamada "Carbonos Studio" .

Fonte: Wikipédia, 2019

A seguir a lista das músicas instrumentalizadas e respectivos compositores:

01 - Somewhere in love (Gambier - J. Ness);
02 - Notre theme d'amour (M. Denin);
03 - Sunflower - Loss Of Love (B. Merrill - H. Mancini);
04 - Red roses for a blue lady (S. Tepper - R. Brodsky);
05 - Lara's theme from Dr. Jivago (M. Jarré);
06 - Devotion (O. Cesana);
07 - Bless the beasts and children (B. de Vorzon - P. Botkin - Jr.);
08 - Passion love theme (D. Danello);
09 - Airport love theme - Tema de Amor do Aeroporto (Webster - Newman);
10 - Aquarela do Brasil (Ary Barroso);
11 - Raind and tears (E. Papathanassiou - B. Bergman);
12 - Mirrors (Sally Oldfield).


















Versão Selo (Label) - Magazine





Versão Selo (Label) - Copacabana


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