Nesta postagem, apresentamos mais um álbum do instrumentista brasileiro Ed Lincoln, utilizando como pseudônimo Don Pablo de Havana, um dos inúmeros nomes que utilizou para lançar os seus discos, principalmente quando estava sob contrato da gravadora Musidisc, cujo produtor Nilo Sérgio usava esse artifício como forma mercadológica, levando os consumidores apreciadores dessas obras a pensarem que eram orquestras internacionais.
Ed Lincoln se destacou em sua carreira tocando órgão elétrico e foi considerado o Rei dos Bailes, nas noites cariocas, principalmente nas domingueiras dançantes do Clube Monte Líbano e se torna um dos maiores vendedores de disco do país na época.
Eduardo Lincoln Barbosa nasceu em Fortaleza, Ceará, no dia 31/03/1932 e faleceu em 2012. Antes de ser músico trabalhou como revisor e redator do Jornal do Povo, em sua cidade natal. Já no Rio de Janeiro, sua carreira deu início, quando ele tocava contrabaixo no conjunto da Boate Plaza, acompanhando as feras da bossa nova Johnny Alf, Luiz Eça (Tamba Trio) e Dick Farney. Logo passa a tocar piano e em seguida o órgão elétrico, instrumento que o consagrou definitivamente.
Em 1955, formou o seu próprio grupo musical e no período de 1955 a 1958 atuou na Boate Drink. Foi o responsável pelos acompanhamentos musicais das gravações dos então iniciantes Claudete Soares e Baden Powell.
Já com alguns discos de sucesso em seu currículo musical, em 1960, Ed Lincoln é contratado pela gravadora Musidisc, do produtor Nilo Sérgio, onde além de lançar seus discos, ele assumiu a função de diretor musical. Lançou vários álbuns, com boas vendagens, utilizando de pseudônimos, que muita gente nem sabe que era o Ed Lincoln quem estava por trás das gravações, tais como, Don Pablo de Havana, Les 4 Cadillacs, Berry Benton, Conjunto Balambossa, The Lovers, Cláudio Marcelo, Glória Benson, Ed Kenned, John Marcel, Danny Marcel, Les Amants, Orquestra Casablanca, Orquestra Los Angeles, TecnoOrquestra, Orquestra Romance Tropical e Muchacho nas Bocas, entre outras lançadas.
O raro álbum da postagem apresenta canções brasileiras e internacionais em estilo de boleros e cha-chá-chá, lembrando em alguns momentos a Orquestra Românticos de Cuba, do maestro Severino Araújo, que também era contratado da mesma gravadora. Foi lançado no
Brasil, em 1960, pela gravadora Musidisc.
A seguir as canções instrumentais que compõem esse disco:
01. Alguém me disse;
02. El cholo;
03. Andalucia (The breeze and I);
04. Bahia (Na baixa do sapateiro);
05. Together wherever we go;
06. Adios;
07. Mustapha;
08. Aquarela do Brasil;
09. La cumparsita;
10. Climb every mountain;
11. Quero beijar-te as mãos;
12. Delicado.
Links:
O raro álbum da postagem apresenta canções brasileiras e internacionais em estilo de boleros e cha-chá-chá, lembrando em alguns momentos a Orquestra Românticos de Cuba, do maestro Severino Araújo, que também era contratado da mesma gravadora. Foi lançado no
Brasil, em 1960, pela gravadora Musidisc.
A seguir as canções instrumentais que compõem esse disco:
01. Alguém me disse;
02. El cholo;
03. Andalucia (The breeze and I);
04. Bahia (Na baixa do sapateiro);
05. Together wherever we go;
06. Adios;
07. Mustapha;
08. Aquarela do Brasil;
09. La cumparsita;
10. Climb every mountain;
11. Quero beijar-te as mãos;
12. Delicado.
Links:
Ótima postagem,aliás como todas,Hedson,vale lembrar que Ed Lincoln,também tocava Piano,na Boate Drink,cujo dono e fundador,era o grande Músico Djalma Ferreira que,era um entusiasta do Orgão Hammond B3,dai o Ed apaixonar-se também pelo Instrumento,o Conjunto formado pelo Djalma para inaugurar a Casa,chamava-se,Os Milionários do Rtimo,e o Crooner era o Miltinho,que ainda nem havia gravado,ele cantava,e tocava Pandeiro,pois na realidade,Miltinho começou a carreira como ritimista,tenho o Lp,que foi gravado na Boate Drink,esse Lp,tem um encarte luxuoso para a época,pois ele abre-se em tres partes,onde visualiza-se uma foto,com todos os integrantes do Conjunto,uma raridade que guardo com carinho,nesse Lp,Miltinho canta em solo,duas faixas,creio que foi sua primeira gravação cantando profissionalmente,depois de muito sucesso,Djalma vendeu a Boate para Cauby,e seus irmãos,e foi para Las Vegas,onde lá ficou,apresentando-se com grandes nomes da música americana,até seu falecimento em 2004,ainda voltaria ao Brasil,em apresentações esporádicas,e,em uma delas,acompanhando ao Orgão,Miltinho,que já era um enorme sucesso,a propósito,tenho também esse Lp da postagem,aliás,acho que do Ed Lincoln,tenho todos,mais uma vez,parabéns pelo Blog,e pela coragem de mante-lo sempre atualizado,grande abraço do Silvestre.
ResponderExcluirOlá, Silvestre.
ResponderExcluirObrigado em adicionar mais informações sobre Ed Lincoln. Tudo é memória da música, que infelizmente está dispersa ou em alguns casos nem se sabe. Quanto a Djalma Ferreira, pretendo postar alguns dos seus discos. Tem sugestão de algum?
Quanto a coragem de manter o blog nos dias atuais, não está fácil. Os recursos estão se escasseando, mas enquanto for possível, manterei. Um grande abraço e obrigado pelo apoio constante.
Olá Hedson,se permite-me,gostaria de sugerir Djalma Ferreira e seus Milionários do Ritmo Drink em São Paulo de 1960,se você tiver esse Lp,é claro,senão fica a seu critério,ok....grande abraço do Silvestre.
ResponderExcluirPra mim tudo isso é novidade, a verdadeira história da musica brasileira está morrendo infelismente pois esse mal gosto que ai está e estam chamando de música por si só será rapidamente esquecida.
ResponderExcluirTarik de Souza, no livro "Sambalanço a Bossa que dança_um Mosaico" descreve a conversa que teve com o maestro Waltel Branco por telefone, o título é "O Erudito de Mil Faces" confirmando portanto que o "Dom Pablo de Havana" é mais um pseudônimo do maestro Waltel Branco.
ResponderExcluir