quarta-feira, 22 de abril de 2020

PIERO - MI VIEJO (1970) REPOST

Desta vez, reapresento uma postagem de 16/junho/2014, do cantor ítalo-argentino Piero, relativo a disco compacto simples, contendo as músicas Mi Viejo e Juan Boliche, que foram lançadas no Brasil, pela gravadora CBS, em 1970, com o acompanhamento de Jorge Lopez Ruiz e sua Orquestra.

Conforme já tinha mencionado anteriormente, esse cantor me faz lembrar a minha infância. Toda vez que passava férias na casa de meus padrinhos, costumava visitar um vizinho deles, que costumavam ouvir esse compacto da postagem. Posteriormente, conheci outra bela versão de Mi Viejo (Meu Velho), na voz de Altemar Dutra.

Para aqueles que não o conhece, Piero Antonio Franco De Benedictis, mais conhecido simplesmente como Piero, nasceu na cidade de Gallipoli, Itália, no dia 19 de abril de 1945), porém se notabilizou como cantor argentino.

Piero, chegou à Argentina em 1948, aos 3 anos de idade. Sua família se estabeleceu na aldeia de Banfield, no sul da Grande Buenos Aires, até 1951, quando sua família se mudou para Allen (província de Rio Preto), onde cursou primário e começou na música. Durante sua juventude, ele foi seminarista católico.

Ele estreou na televisão em 1964, cantando canções melódicas italianos como Alla Cara, cara nonna e Giovane, giovane. Em 1965, lançou o álbum com as músicas El cachivache, Rosa, Rosita, do cantor brasileiro Roberto Carlos, e em 1966, a canção La sombrilla.

Em 1969, ele ganhou o III Festival da Canção, de Buenos Aires, com o tema Como somos.  Sua consagração veio com a linda canção Mi Viejo, iniciando uma permanente co-autoria com o poeta José Tcherkaski.

A partir desse momento, são músicas como No te vayas por favorTengo la piel cansada de la tardeSi vos te vasJuan BolichePedro NadieCaminando por CaracasCanción a Magdalena e Yo vengo, que gradualmente o faz mudar o estilo de sua produção artística, o consagradando como uma das principais figuras da canção de protesto político.

Em 1976, foi forçado ao exílio, devido à ditadura militar na Argentina. Primeiro viveu na Itália e depois na Espanha, onde permaneceu até ano de 1981 quando ele decidiu retornar à Argentina. Em meados dos anos oitenta deixou a música de protesto, fundando uma fazenda orgânica perto de Campana (província de Buenos Aires), juntamente com os adolescentes de famílias pobres.

Apontando para um público muito mais jovem e roqueiro do que nas fases anteriores, Piero conseguiu ter uma grande temporada em 1982, lotando duas vezes Estádio Works (uma das cenas clássicas do rock na Argentina), participou do festival BA Rock e realizou sete shows, com públicos diversos no Teatro Opera, em Buenos Aires. Entretanto, foi o grande ausente no Festival Latino-americana de Solidariedade, organizado por ocasião da Guerra das Malvinas.

Em 1985, acompanhado por José Tcherkaski, realizou uma turnê pela América Latina, que atingiu o seu máximo sucesso na Colômbia e no Equador, onde 80 mil pessoas se reuniram para ouví-lo. Naquele mesmo ano, ele obteve um Konex - Diploma de Mérito como um cantor de baladas. Durante essa turnê, ele participou de um concerto em benefício das vítimas da tragédia de Armero (na Colômbia), que causou 30.000 mortes. Lá, ele cantou junto com Julio Iglesias, Joan Manuel Serrat e José Luis Rodríguez El Puma. Essa turnê foi estendida até o interior do país e confirmou sua popularidade, com a participação de 70.000 espectadores. No entanto, o álbum do show não obteve o mesmo sucesso. Desde então, ele fez shows esporádicos, tanto na Argentina e no resto da América Latina, mas sem o apelo massivo do passado.

Em 1995, ele empreendeu a publicação de um álbum duplo dedicado aos direitos das crianças. Participou junto com artistas internacionais, tais como David Gilmour (Pink Floyd), Annie Lennox e Joaquín Sabina, e nacional, como León Gieco, Jairo, Baglietto, Miguel Cantilo e ídolo do futebol Diego Maradona. O projeto foi declarado de interesse nacional e royalties foram doados à UNICEF.

Durante grande parte da década de noventa, viveu na Colômbia, chegando a receber a cidadania desse país, das mãos do então presidente Ernesto Samper. Com isso, ele teve três cidadanias: italiana, argentina e Colombiana.

Em 1998, o governador Eduardo Duhalde nomeou-o Secretário de Cultura da Província de Buenos Aires. Em 2001, ele publicou um novo trabalho, incluindo alguns clássicos antigos e 6 faixas inéditas: 30 anos de canções.

Em fevereiro de 2011, ele gravou o hino do Banfield, no trabalho “Futebol para Todos”, comemorativo Clausura Futebol Argentino. Nesse mesmo ano, realizou alguns shows em homenagem ao compositor, cantor e escritor Facundo Cabral, que participou em uma das apresentações.

Lado A:
1.       Mi Viejo

Lado B:
2.      Juan Boliche

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